Danças Urbanas: da rua para os palcos

Oi Galera

Nesse post vou escrever sobre as danças urbanas e como elas surgiram.

As danças urbanas estão muito presentes no cotidiano e criaram, a partir da década de 70, um novo estilo de vida para jovens do mundo inteiro. É fácil identificar um dançarino simpatizante dessas estéticas pelo seu jeito de andar, se vestir e falar, e essa identidade contemporânea que vem das ruas é algo que se reinventa todo dia e é importante para evolução do cenário da dança de um modo geral visto que as danças urbanas são ferramentas para a construção do pensamento de crianças e jovens em todas as partes do globo.

Como características gerais temos a musicalidade, que cria uma interdependência entre música e dança, a precisão dos movimentos, que de forma peculiar em cada estética é um dos focos das danças urbanas e o estilo, que está presente em todos os dançarinos e que cria um estilo de vida relacionado a dança praticada.

Dentro dessas características gerais existem as peculiaridades e as influências próprias de cada dança seguindo o lugar onde ela foi criada, a época e a movimentação própria.

Essas estéticas na dança surgiram a partir da década de 1970 e são elas:
-Locking;
-Popping;
-B. boying (break);
-House Dance;
-Hip Hop freestyle.

O locking foi a primeira dança urbana que surgiu e nele os movimentos são fortes e rápido no tronco e mais relaxados nas pernas e na parte inferior do corpo. A musicalidade, assim como em todas as danças urbanas, é muito presente e no locking uma característica muito forte é a expressão do dançarino, que sempre está sorrindo e exagerando nas caretas e nos movimentos.

O Popping, assim como o Locking, surgiu na década de 1970 nos Estados Unidos e tem esse nome porque o dançarino tem que acompanhar a batida da música, que é o "pop". Os movimentos são muito precisos e surgem a partir do movimento de contração e relaxamento muscular rápidos e contínuos, o que consequentemente cria formas travadas, como se o dançarino fosse um robô. Dentro dessa estética existem várias ramificações que pontuam algum tipo de movimento como o waving, que como o próprio nome sugere é regrado por movimentos ondulatórios.

O B. boying, ou Breakdance, é um dos cinco pilares da cultura Hip Hop e está presente no nosso cotidiano de forma ativa e constante. Surgiu na década de 1970 e é das danças urbanas a mais conhecida. Essa estética é divida em três momentos que são respectivamente o Toprock, que é o momento em que o dançarino se prepara para ir ao chão, o Footwork, que pode ser definido como o movimento em nível baixo   realizado pelo dançarino como preparação para um Power Move, que é o terceiro momento, onde são realizados movimentos de força com giros e que terminam em um Freeze, que é o ultimo movimento de uma sequência de break. O break mudou a vida de muitos jovens que preferiam dançar ao invés de se envolver com gangues e até hoje ele é utilizado como ferramenta contra a violência que assola os centros urbanos.

O House Dance surgiu mais tardiamente, na década de 80 e acompanhou a evolução da música que entrava na era pós-disco. Essa estética se divide em 3 principais danças que são o House propriamente dito, o Waacking e o Vogue. O House tem como característica a movimentação muito focada na parte inferior do corpo, com o desenvolvimento da movimentação dos pés e do quadril. Já o Waacking e o Vogue tem o enfoque da movimentação na parte superior do corpo, com a movimentação rápida e ritmada dos braços, cabeça e tronco.

O Hip Hop Freestyle surgiu nas festas da década de 80 em Nova York e como o próprio nome diz essa estética é caracterizada por movimentos que são mais livres e mudam de acordo com o dançarino. O que importa mais é o feeling, o sentimento que vce coloca quando dança. Outra característica é a postura do dançarino, que é na maioria das vezes com os joelhos flexionados, mais relaxado e a energia nos movimentos vai continuamente para baixo, ao contrário de outras danças.

Esse foi um panorama histórico sobre as danças urbanas apontando as características principais sobre elas. Com o tempo vou dar dicas de vídeos e falar sobre cada uma delas mais afundo para esclarecer as diferenças e peculiaridades desse campo que é muito rico.


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Léo Dourado
Colunista de Dança
Brasília, 16 de Janeiro de 2013