segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Brises: proteção solar e privacidade

Brises na fachada da Sede Sebrae, Brasília/DF.

O brise, nada mais é do que um elemento arquitetônico utilizado na fachada de um edifício, com o propósito de impedir os efeitos da insolação no seu interior. Eles podem estar na horizontal ou na vertical, fixos ou móveis. Pode possuir sistemas complexos, com roldanas por exemplo, ou até mesmo um sistema simples, feito de uma fileira de ripas alinhadas verticalmente, na frente de uma janela. Os materiais são os mais variáveis, como madeira, metal, concreto, cerâmica, vidro e até bambu. 
Brise-soleil, expressão francesa que traduzida literalmente é quebra-sol, teve sua ascensão na arquitetura moderna, cujo o arquiteto franco-suíço Le Corbusier, é considerado o grande difusor deste elemento, mesmo que sua origem seja mais antiga. Os muxarabis, da arquitetura milenar árabe, tem o mesmo propósito de proteger do sol, além de dar privacidade ao interior das casas. Quem esta dentro, vê o que acontece lá fora, mas quem está no exterior, não vê o que acontece lá no interior.
        

 O cobogó por exemplo, seria um tipo de “parente” brasileiro do brise, ou um aperfeiçoamento do mesmo. Criado pelos engenheiros pernambucanos Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest A. Boekman e Antônio de Góes, onde as primeiras sílabas de cada sobrenome, formam o nome deste elemento vazado, desenvolvido na década de 30. Os cobogós são paredes que mantêm a privacidade e ao mesmo tempo abrem-se à ventilação.
 

Posicionamento dos brises

Para saber em qual fachada e qual a posição para usar estes elementos, existem regras que valem para a maior parte do país:
Fachada norte - recebe insolação durante todo o dia, use brises horizontais devido a posição mais apino do sol;
Fachadas leste e oeste - recebem respectivamente o sol da manhã e o da tarde (o mais forte), prefira brises verticais;
Fachada sul - possui pequena incidência de sol, necessita de menos brises ou nenhum.

Vantagens e desvantagens


        As principais vantagens do brise interno, que é usado para dentro das janelas, é a conservação e a limpeza do seu material, além de oferecer uma fachada envidraçada. O brise externo, pode ter desvantagem em relação a sua exposição ao sol, proporcionando um maior desgaste no material, mas ao mesmo tempo, consegue impedir que o calor entre no edifício.
          Os brises, quando bem utilizados podem proporcionar áreas sombreadas, amenizam a temperatura da casa, evitando o uso de ventilador e ar-condicionado, poupando energia e consequentemente, ajudando o planeta.
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Áliston Diniz
Colunista de Arquitetura
Ipatinga, 28 de janeiro de 2013

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