Coletividade: Administrando o seu Futuro

Quando falamos de futuro, algumas vezes esquecemos de olhar para o nosso presente e os nossos gostos. Aquela pergunta típica feita para as crianças quando estão aprendendo que 2 x 4 = 2 + 2 + 2 + 2 = 8, valeria muito mais se fosse feita para nós adolescentes e jovens que estamos buscando uma formação técnica e/ou superior que iremos desempenhar para o resto de nossas vidas.

Na inocência da infância, a criança logo corre e responde que quer ser jogador de futebol, médico, engenheiro, advogado, ou a profissão dos pais, desde que esta dê mais remuneração. Mas por que a criança diz isso? Simplesmente porque ela ainda não tem formado a ideia de que a sua carreira é importante, de que a resposta para a pergunta que lhe foi feita impactará em todo o seu futuro. E nós, o que vamos ser quando crescermos?

Várias pessoas afirmam que devemos escolher como profissão algo que nós nos identifiquemos e gostemos, pois passaremos grande parte de nossas vidas em nosso trabalho. Para evitar frustrações, devemos seguir esse conselho sim. Pois quando se trabalha com algo que gosta, a pessoa, além de se sentir mais satisfeita e alegre, desempenha melhor as funções a ela destinadas, até mesmo porque, o que para outros seria doloroso, para ela será prazeroso, uma vez que ela gosta do que faz e se identifica bastante com a sua tarefa.

Uma vez ouvi um relato de minha professora que falava de um treinamento que ela foi realizar em determinado lugar. Quando surgiu a oportunidade ela fez a seguinte pergunta para aqueles que a ouviam: "Quem de vocês se identifica com a tarefa que realizam no trabalho de vocês e por quê?" Eis que um senhor, que estava sentado mais ao final daquele local, levantou a mão e disse: "Eu sou coveiro e me identifico bastante com o que eu faço em meu trabalho..." Nesse momento todos se afastaram um pouco dele, por medo ou nojo, sei lá, e ele continuou: "Eu gosto do que faço e quando estou lá, preparando a cova e descendo o corpo naquela cova, sua última morada, eu me despeço daquela pessoa e digo: 'Vá com Deus e descanse em paz!' E assim eu me sinto bem, porque sei que, se ninguém lembrou dele e o desejou isso, ao menos eu desejei e ele não ficará desamparado."

É mais ou menos isso que quero falar com vocês. Esse senhor se identifica tanto com a sua tarefa que aquilo que pra muitos é motivo de medo, pavor, nojo e/ou desfavorecimento social, para ele é um prazer. Realizar a nossa tarefa diária deve ser prazeroso pra nós mesmos. Lembre-se que sua tarefa, seu trabalho, é realizado por você durante boa parte da sua vida, então desempenhe-o da melhor maneira.

Mas você ainda não sabe o que quer fazer? Ainda não sabe o que quer ser quando crescer? Leve em consideração alguns fatos importantes: